terça-feira, 24 de março de 2009

O Perdão


Ela se chamava Mega e tinha uma chefe terrível.
Quando Mega chegava pela manhã e falava "bom dia", a chefe respondia com uma pergunta: "por que não chegou mais cedo?"
Se chegasse antes da hora, a chefe não estava lá, mas ficava sabendo e lhe perguntava se ela não sabia qual o horário do expediente, mesmo depois de trabalhar ali há tantos anos.
Era uma mulher má. Implicava com tudo.
Até que um dia Mega se cansou e decidiu se demitir. "

Vou sair, mas antes vou dizer tudo o que tenho vontade", foi o que pensou.

Exatamente naquele dia ela estava almoçando quando encontrou a dra. Casarjian que a convidou para assistir a um treinamento, naquela tarde.
"Não posso", foi a sua resposta. "tenho expediente a cumprir." "Por que não?"

Mega falou sobre a chefe que vivia implicando com ela e a dra. Casarjian lembrou que pior a situação não poderia ficar.
Além do que, se a chefe lhe desse uma bronca por faltar ao trabalho, naquela tarde, ao menos teria motivo. Mega lembrou que no dia seguinte iria se demitir, por isso resolveu ir ao encontro. Ali ouviu referências a respeito do perdão.

"O perdão é bom para você", falava a Dra.

"Se você perdoar alguém que o ofendeu ele continua do mesmo jeito mas você se sentirá bem."

"Se você perdoar o mentiroso, ele continuará mentiroso mas você não se sentirá mal por causa das mentiras dele."

Ao final do treinamento, Mega concluiu que a sua chefe estava muito doente e tirou-a da cabeça. No dia seguinte, tomou uma resolução: "não vou deixar que ela me atormente mais. E nem vou abandonar o trabalho que eu gosto."

Mega chegou e cumprimentou: "olá." A chefe foi logo lhe perguntando o que tinha acontecido. Ela estava diferente.
Mega falou que havia participado de um treinamento e que estava bem consigo mesma e até convidou a chefe para tomar chá, ao final da tarde.

A reação veio logo: "você está me convidando só para eu não reclamar de você?" "Pode reclamar, até mandar descontar as minhas horas.

Mas eu insisto no chá." E foram. Durante o chá, a chefe falou da sua surpresa em ter sido convidada para aquele chá.
Ela sabia que era intratável. Também falou da sua emoção.
Nunca ninguém a convidara para um lanche, um café. Acabou por falar das suas dores.
O marido lhe batia, o filho vivia no mundo das drogas.
Por isso ela odiava as pessoas. Era infeliz e agredia. Semanas depois, era a própria chefe que comparecia ao novo treinamento da Dra. Casarjian a respeito do perdão.

...............................

Perdoar é libertar-se. Aquele que agride é sempre alguém a um passo do desequilíbrio.
Aquele que persegue nem pode imaginar o quanto se encontra enfermo.
Sem dúvida, a felicidade pertence sempre àquele que pode oferecer, que a possui para dar. Nosso maior exemplo é Jesus.
Poderia ter reagido às agressões, mas preferiu perdoar e amar, por saber que aqueles que o afligiam eram espíritos atormentados em si mesmos.
Por essa razão, dignos de perdão.
E se você tiver ainda muita dificuldade para perdoar, pense que tudo passa.
Passam as coisas ruins, passam as pessoas que as provocam.
Só o bem permanece para sempre.


Autor: Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no seminário Perdão e Auto-perdão de Divaldo Pereira Franco – CD volume 2, faixa 13, e livro Convites da Vida – cap. 39.

Um ato de amor



Aquele era um dia dos mais felizes na vida de André.
Afinal, ele iria realizar seu grande sonho: mergulhar na piscina grande do clube.
Seu pai havia lhe prometido que, quando ele completasse cinco anos de idade, poderia entrar na piscina dos adultos. Na companhia do pai, é claro.
O pequeno André estava radiante naquela manhã ensolarada de domingo.
Ele e o pai chegaram cedo ao clube. E como o pai precisava fazer o exame médico, pediu ao filho que o aguardasse por alguns minutos.
Mas André, que não via a hora de pular naquele mar de águas azuis, tão logo o pai se afastou, correu para a piscina e mergulhou com vontade.
Foi só depois do mergulho que ele se deu conta de que aquela piscina não tinha fundo. Acostumado com a piscina rasa onde sentia seus pezinhos firmes no chão, não desconfiava que a piscina grande era diferente.
Aqueles foram os segundos mais dolorosos da sua existência...
A água entrando em seus pequenos pulmões...
Seus bracinhos frágeis tentando alcançar a superfície, respirar...
Tudo em vão.
Ao redor, o silêncio...

André percebeu que não adiantava mais lutar...
Resolveu parar de se debater e dormir...
Tudo foi ficando longe, a angústia passou e ele sentiu que uma mão iluminada se estendia na sua direção...
Percebeu, ao longe, um túnel de luz que o atraía...
Entregou-se àquele sono diferente...
E nada mais percebeu.
Algum tempo depois André recobrou os sentidos, mas já não estava mais na água, estava no hospital...
Os pais, em desespero, vibraram quando ele deu os primeiros sinais de vida...
Os anos se passaram e André nunca esqueceu aquele episódio.
Na sua juventude, foi que seu pai lhe contou como ele havia sido salvo.
Um homem bom que passava pela piscina naquele dia distante, viu algo estranho no fundo da água e perguntou a outro homem, que também estava nas proximidades, o que era aquilo.

O outro disse que talvez fosse um desses garotos testando por quanto tempo poderia ficar sem respirar.
Mas o homem bom não se contentou com a resposta.
Mergulhou imediatamente e descobriu o corpo do garoto, quase sem vida.
Retirou-o da água e constatou que seu corpo já estava todo roxo.
Não podia perder nenhum minuto.
Começou ali mesmo os procedimentos para reavivar aquele corpinho inerte.
Com as técnicas adequadas conseguiu reativar seu coraçãozinho e o garoto foi levado às pressas para o hospital.
Mas o mais importante dessa história, foi o homem que salvou a vida de André.
Como ele sabia as técnicas exatas para efetuar aquele salvamento?

Na verdade essa habilidade lhe custou muito caro.
Um dia ele viu seu filho pequeno morrer daquela mesma forma, porque não sabia o que fazer... Com o coração dilacerado de dor, aquele pai prometeu a si mesmo que jamais deixaria alguém morrer na sua frente por falta de socorro.

Fez cursos e aprendeu todos os procedimentos para atendimentos de emergência.
E foi assim que ele conseguiu fazer com que o pequeno André recuperasse os sinais vitais e conseguisse chegar vivo até o pronto socorro.
Tudo porque aquele pai não se deixou abater pela dor.
Pelo contrário, viu na dor um grande desafio.
O desafio de ser um agente de Deus junto aos seus filhos.
O desafio de ser um agente do bem.

Um pai... Uma dor... Uma nobre decisão... Um grande exemplo. E quanto a André?
Terá feito jus a essa segunda chance recebida? Sim, é claro!
Hoje ele é o jovem pai de dois meninos.
Seus pulmões foram poupados para que ele fosse um excelente saxofonista e alegrasse o mundo através da música.

Um garoto e seu sonho inocente... Um homem bom... Uma bela história...

Autor: Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em uma história real.

Orando a cada dia - Meimei


Senhor!...Faze-me perceber que o trabalho do bem me aguarda em toda parte.
Não me consintas perder tempo, através de indagações inúteis.Lembra-me,
por misericórdia, que estou no caminho da evolução, com os meus semelhantes,
não para consertá-los e sim para atender à minha própria melhoria.

Induze-me a respeitar os direitos alheios a fim de que os meus sejam preservados.
Dá-me consciência do lugar que me compete, para que não esteja a exigir da vida
aquilo que não me pertence.

Não me permitas sonhar com realizações incompatíveis com meus recursos,
entretanto por acréscimo de bondade, fortalece-me para a execução das pequeninas tarefas ao meu alcance.

Apaga-me os melindres pessoais, de modo que não me transforme em estorvo diante dos irmãos,aos quais devo convivência e cooperação.
Auxilia-me a reconhecer que o cansaço e a dificuldade não podem converter-me em pessoa intratável, mas mostra-me, por piedade, quanto posso fazer nas boas obras, usando paciência e coragem, acima de quaisquer provações que me atinjam a existência.

Concede-me forças para irradiar a paz e o amor que nos ensinastes.
E, sobretudo, Senhor, perdoa as minhas fragilidades e sustenta-me a fé para que eu possa estar sempre em ti, servindo aos outros.

Assim seja.

Livro: Sentinelas da Alma. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Um Dia - Mário Quintana


Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer a outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa, como pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor, são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase:


"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."



Um dia percebemos que somos muito importantes para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...Um dia descobrimos que apesar de viver quase 100 anos, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos nossos sonhos, para dizer tudo o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida, ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar, tão pouco compreenderá uma longa explicação.

(Mario Quintana)

Repensando a vida - Neide Salles


Repensar a vida consiste em rever valores.
Receber o inevitável serenamente,
Depositar ao leito do regato antigos pudores,
Aceitar o que a vida nos reserva inteiramente.


É existir sem temor de ser feliz.
É padecer e abrigar a angústia da alma
Tendo ciência que somos meros aprendizes.
Intentar não perecer, mantendo a calma.


Rebuscando meu baú encontrei registros
Induziram-me a repensar quantos atos impensados.
De que adiantou tanta vigilância?
Tudo era sinistro.
Não tive muitas opções, aceitei meus fardos.


O temor... a dor foi inevitável.
Girei entre a loucura e a sanidade,
Gritei por paz, por amor inesgotável.
Repensando a vida... grito por serenidade.

PRECEITOS DE PAZ - André Luiz



Agora é o seu mais belo momento de realizar o bem.
Ontem passou e amanhã está por vir.
Qualquer encontro é uma grande oportunidade.
Pense nas sementes minúsculas de que a floresta nasceu
.
Não deixe de falar, mas aprenda a ouvir.
Quem sabe escutar pacientemente, encontra pistas notáveis para
o êxito no serviço que abraçou.
Fuja de cultivar conversações menos dignas.
O interlocutor terá vindo buscar o seu respeito a
Deus e à vida, a fim de equilibrar-se.
Não dê tempo às lamentações.
Meia hora de trabalho, no auxílio ao próximo, muitas vezes
consegue alterar profundamente os nossos destinos.
Não mostre rosto triste.
Muita gente precisa de sua alegria para levar alegria aos outros.
Não menospreze quem bate à porta, conquanto nem sempre
esteja você disponível.
Em muitas ocasiões, aquele que aparentemente incomoda é
o portador de grande auxílio.
A ninguém considere inútil ou fraco.
Um palácio, comumente, é construção enorme; no entanto,
nem sempre oferece agasalho ou acesso, sem a colaboração
de uma chave.
Não persista em obstinações, reações ou discussões desnecessárias
Em muitos casos, um simples prego, atacando uma roda, pode retardar a viagem num carro perfeito.Auxilie a todas as criaturas que lhe partilham o clima individual.Ainda mesmo na doença mais grave ou na penúria mais avançada, você pode prestar um grande serviço ao próximo: você pode sorrir.
ANDRÉ LUIZ - Francisco Cândido Xavier

Para o resto de nossas vidas - Momento Espírita


Existem coisas pequenas e grandes, coisas que levaremos para o resto de nossas vidas.
Talvez sejam poucas, quem sabe sejam muitas, depende de cada um, depende da vida que cada um de nós levou.
Levaremos lembranças, coisas que sempre serão inesquecíveis para nós, coisas que nos marcarão, que mexerão com a nossa existência em algum instante.
Provavelmente iremos pela a vida a fora colecionando essas coisas, colocando em ordem de grandeza cada detalhe que nos foi importante, cada momento que interferiu nos nossos dias, que deixou marcas, cada instante que foi cravado no nosso peito como uma tatuagem.

Marcas, isso... serão marcas, umas mais profundas, outras superficiais porém com algum significado também.

Serão detalhes que guardaremos dentro de nós e que se contarmos para terceiros talvez não tenha a menor importância pois só nós saberemos o quanto foi incrível vivê-los.
Poderá ser uma música, quem sabe um livro, talvez uma poesia, uma carta, um e-mail, uma viagem, uma frase que alguém tenha nos dito num momento certo.
Poderá ser um raiar de sol, um buquê de flores que se recebeu, um cartão de natal, uma palavra amiga num momento preciso.


Talvez venha a ser um sentimento, que foi abandonado, uma decepção, a perda de alguém querido, um certo encontro casual, um desencontro proposital.

Quem sabe uma amizade incomparável, um sonho que foi alcançado após muita luta, um que deixou de exisitir por puro fracasso.

Pode ser simplesmente um instante, um olhar, um sorriso, um perfume, um beijo.

Para o resto de nossas vidas levaremos pessoas guardadas dentro de nós.

Umas porque nos dedicaram um carinho enorme, outras porque foram o objeto do nosso amor, ainda outras por terem nos magoado profundamente, quem sabe haverão algumas que deixarão marcas profundas por terem sido tão rápidas em nossas vidas e terem conseguido ainda assim plantar dentro de nós tanta coisa boa.

Lá na frente é que poderemos realmente saber a qualidade de vida que tivemos, a quantidade de marcas que conseguimos carregar conosco e a riqueza que cada uma delas guardou dentro de si.

Bem lá na frente é que poderemos avaliar do que exatamente foi feita a nossa vida, se de amor ou de rancor, se de alegrias ou tristezas, se de vitórias ou derrotas, se de ilusões ou realidades.


Pense sempre que hoje é só o começo de tudo, que se houver algo errado ainda está em tempo de ser mudado e que o resto de nossas vidas de certa forma ainda está em nossas mãos.

A Paz - Momento Espírita



Certa vez houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seria dado ao quadro que melhor representasse a paz.
Ficaram, dentre muitos, três finalistas igualmente empatados.
O primeiro retratava uma imensa pastagem com lindas flores e borboletas que bailavam no ar acariciadas por uma brisa suave.
O segundo mostrava pássaros a voar sob nuvens brancas como a neve em meio ao azul anil do céu.
O terceiro mostrava um grande rochedo sendo açoitado pela violência das ondas do mar em meio a uma tempestade estrondosa e cheia de relâmpagos.
Mas para surpresa e espanto dos finalistas, o escolhido foi o terceiro quadro, o que retratava a violência das ondas contra o rochedo.
Indignados, os dois pintores que não foram escolhidos, questionaram o juiz que deu o voto de desempate:
- Como este quadro tão violento pode representar a paz, Sr. Juiz?
E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse:
- Vocês repararam que em meio à violência das ondas e à tempestade há, numa das fendas do rochedo, um passarinho com seus filhotes dormindo tranqüilamente?
E os pintores sem entender responderam: sim, mas...
Antes que eles concluíssem a frase, o juiz ponderou:
- Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que mesmo nos momentos mais difíceis nos permite repousar tranqüilos.
Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a paz em meio à tempestade, mas não é tão difícil de entender.
Considerando que a paz é um estado de espírito podemos concluir que, se a consciência está tranqüila, tudo à volta pode estar em revolução que conseguiremos manter nossa serenidade.
Fazendo uma comparação com o quadro vencedor, poderíamos dizer que o ninho do pássaro que repousava serenamente com seus filhotes, representa a nossa consciência.
A consciência é um refúgio seguro, quando nada tem que nos reprove. E também pode acontecer o contrário: tudo à volta pode estar tranqüilo e nossa consciência arder em chamas.
A consciência, portanto, é um tribunal implacável, do qual não conseguiremos fugir, porque está em nós.
É ela que nos dará possibilidades de permanecer em harmonia íntima, mesmo que tudo à volta ameace desmoronar, ou acuse sinais de perigo solicitando correção.
Sendo assim, concluiremos que a paz não será implantada por decretos nem por ordens exteriores, mas será conquista individual de cada criatura, portas à dentro da sua intimidade.
***
Um dia, a paz vestiu-se de homem e conviveu com a humanidade sofredora e aflita.
Conservava-se em paz mesmo diante das situações mais turbulentas e assustadoras.
Agredido, manteve-se sereno.
Caluniado, exemplificou tranqüilidade.
Diante da tempestade no mar, pediu calma.
Pregado na cruz, permaneceu em paz.
Todavia, antes de partir teve ensejo de dizer:
A minha paz vos deixo, como exemplo.
A minha paz vos dou, como modelo a ser copiado.


(Equipe de redação do momento espírita, baseada em história recebida pela Internet, intitulada a paz, sem menção ao autor)

Oportunidade de Servir - André Luiz


Não se detenha diante da oportunidade de servir.
Mobilize o pensamento para criar vida nova.
Melhore os próprios conhecimentos, estudando sempre.
Não permita que a dificuldade lhe abra a porta ao desânimo
porque a dificuldade é o meio de que a vida se vale para
melhorar-nos em habilitação e resistência.
Nunca desconsidere o valor de sua dose de solidão,
a fim de aproveitá-la em meditação e reajuste das
próprias forças.


Livro Agenda de Luz - Francisco Cândido Xavier

Perante os fatos momentosos - André Luiz


Em tempo algum empolgar-se por emoções desordenadas ante ocorrências que apaixonem a opinião pública, como, por exemplo, delitos, catástrofes, epidemias, fenômenos geológicos e outros quaisquer.Acalmar-se é acalmar os outros.

Nas conversações e nos comentários acerca de notícias terrificantes, abster-se de sensacionalismo.A caridade emudece o verbo em desvario.
Guardar atitude ponderada, à face de acontecimentos considerados escandalosos, justapondo a influência do bem ao assédio do mal.

A palavra cruel aumenta a força do crime.
Resguardar-se no abrigo da prece em todos os transes aflitivos da existência.
As provações gravitam na esfera da Justiça Divina.
Aceitar nas maiores como nas menores decepções da vida humana, por mais estranhas ou desconcertantes que sejam, a manifestação dos Desígnios Superiores atuando em favor do aprimoramento espiritual.
Deus não erra.
Ainda mesmo com sacrifício, entre acidentes inesperados que lhe firam as esperanças, jamais desistir da construção do bem que lhe cumpre realizar.

Cada Espírito possui conta própria na Justiça Perfeita.

“Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem, tanto uns para com os outros, como para com todos.”

— Paulo. (I TESSALONICENSES, 5:15.) Ditado Pelo Espírito - André Luiz - Psicografia Waldo Vieira

segunda-feira, 16 de março de 2009

Em seu benefício - André Luiz.


Não se agaste com o ignorante;
certamente, não dispõe ele das oportunidades que iluminaram seu caminho.

Evite aborrecimento com as pessoas fanatizadas;
permanecem no cárcere do exclusivismo e merecem compaixão como qualquer prisioneiro.

Não se perturbe com o malcriado;
o irmão intratável tem, na maioria das vezes, o fígado estragado e os nervos doentes.


Ampare o companheiro inseguro;
talvez não possua o necessário, quando você detém excessos.

Não se zangue com o ingrato;
provavelmente, é desorientado ou inexperiente.


Ajude ao que erra;
seus pés pisam o mesmo chão, e, se você tem possibilidades de corrigir, não tem o direito de censurar.

Desculpe o desertor;
ele é fraco e mais tarde voltará a lição.

Auxilie o doente;
agradeça ao divino poder o equilíbrio que você está conservando.

Esqueça o acusador;
ele não conhece o seu caso desde o princípio.

Perdoe ao mau;
a vida se encarregará dele.

Do livro: Agenda CristãPsicografia: Francisco Cândido Xavier

Quando Orardes - Emmanuel



“E, quando estiverdes orando, perdoai.”– Jesus. (Marcos, 11:25).



A sincera atitude da alma na prece não obedece aos movimentos mecânicos vulgares.
Nas operações da luta comum, a criatura atende, invariavelmente, aos automatismos da experiência material que se modifica de maneira imperceptível, nos círculos do tempo;
todavia, quando se volta a alma aos santuários divinos do plano superior, através da oração, põe-se a consciência em contato com o sentido eterno e criador da vida íntima.

Examine cada aprendiz as sensações que experimenta em se colocando na posição de rogativa ao Alto, compreendendo que se lhe faz indispensável a manutenção da paz interna perante as criaturas e quadros circunstanciais do caminho.

A mente que ora, permanece em movimentação na esfera invisível.
As inteligências encarnadas, ainda mesmo quando se não conheçam entre si, na pauta das convenções sociais, comunicam-se através dos tênues fios do desejo manifestado na oração.
Em tais instantes, que devemos consagrar exclusivamente à zona mais alta de nossa individualidade, expedimos mensagens, apelos, intenções, projetos e ansiedades que procuram objetivo adequado.

É digno de lástima todo aquele que se utiliza da oportunidade para dilatar a corrente do mal, consciente ou inconscientemente. É por este motivo que Jesus, compreendendo a carência de homens e mulheres isentos de culpa, lançou este expressivo programa de amor, a benefício de cada discípulo do Evangelho:

– “E, quando estiverdes orando, perdoai.”
Emmanuel

Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Ed.: FEB.

quinta-feira, 12 de março de 2009

No Grande Minuto - Emmanuel


Questão 646 de "O Livro dos Espíritos" No grande minuto da experiência, disseste, desapontado:

- Só vejo o mal pelo bem.
- Não posso mais.
- Fracassei.

Agora é parar com tudo.

- Fiz o possível.
- Não me fales mais nisso.
- Estou farto.
- Muito difícil.
- Em tudo é desilusão.
- Sofri que chega.
- Continue quem quiser.
- Ninguém me ajuda.
- Deixa-me em paz.
- Estou vencido.
- Não quero complicações.
- É problema dos outros.
- Não sou santo.
- Desisti.
- Basta de lutas.

Entretanto, sombra vencida é porta de luz maior.
Se os amigos fugiram, continua fiel ao bem.
Se tudo é aflição em torno, não desanimes.
Se alguém te calunia, responde sempre fazendo o melhor que possas.
Se caíste, levanta- te renovado e corrige a ti mesmo.
Não existe merecimento naquilo que nada custa.
Todos nós aprendemos e trabalhamos, dias e dias, e, às vezes, por muitos anos, para vencer nesse ou naquele grande momento chamado "crise".

É a vitória na crise que nos confere mais ampla capacidade.
Se pedes roteiro para mirar, recorda o Cristo, na derrota aparente.
Humilhado e batido, supliciado e crucificado, torna ao mundo, em Espírito, sem que ninguém lhe requeira a volta.

E, materializando-se, divino, entre os mesmos companheiros que o haviam abandonado, longe de referir-se aos remoques e tormentos da véspera, recomeça o trabalho, dizendo simplesmente:

- "A paz seja convosco."

(De "Religião dos Espíritos", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

terça-feira, 3 de março de 2009

De Volta - Emmanuel



Não reclames, nem te aflijas.
Trabalhe e segue adiante. Não invejes quem caminha.
Como quem sonha a dormir.
Se alcançaste a realidade.
Reveste-a de paz e amor.
Nunca firas a ninguém.
Mesmo quando alguém te agrida.
Ama, constrói, serve e segue.
De volta ao Lar, passo a passo.
Trabalho é o nosso caminho.
E o Lar nos espera em Deus.

Livro Caminho - Francisco Cândido Xavier - Emmanuel - André Luiz

segunda-feira, 2 de março de 2009

Mãos Pequeninas - Meimei


Quando afagues teu filhinho no aconchego doméstico, não te esqueças das mãozinhas anônimas, esquecidas no desamparo...
Flores rodopiando na ventania, assemelham-se a estrelas perdidas na tempestade.
É todo um mar de sofrimento e angústia que te rodeia...
Apura a visão para que o aflitivo painel te não passe despercebido.
Mãos pequeninas de várias cores a se debaterem nas sombras...
Chegaram à Terra como doces promessas de alegria e lutam por sobreviver à procura do bem.
Pelo amor à criancinha que te inspira a beleza do lar, acende o lume da bondade e não recuses socorro aos braços minúsculos que te acenam da onda revolta, suplicando piedade e carinho.
Auxilia esses lírios humanos a se desvencilharem do lado das trevas para que se desenvolvam ao hálito da luz.
Dizes que a vida pede amor e esperas um mundo melhor...
Não negues, assim, a tua migalha de ternura aos anjos que choram no temporal.
Descerra as portas do coração aos filhinhos do berço torturado e protege-os confiante.
Recorda que, um dia, duas mãos pequeninas, relegadas ao abandono numa estrebaria singela, eram as MÃOS DE JESUS, o Rei Divino, que ainda hoje, são o refúgio de paz e a esperança do mundo inteiro...

MEIMEI Psicografia: Francisco Cândido Xavier

Convite ao Desprendimento - Joana de Ângelis.


"Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões penetram e roubam..."
(Mateus: 6-19.)


Desprendimento na qualidade de desapego, não de estroinice nem dissipação.
Todo e qualquer motivo que ata à retaguarda sob condicionamentos retentivos se transforma em cadeia escravizante.
Os objetos a que o homem se apega valem os preços que lhes são emprestados, constituindo-se elos a impedirem o avanço do possuidor, na
direção do futuro...
Desapego, portanto, em forma de libertação do liame pessoal egoístico e tormentoso que constitui presídio e patíbulo para quem se fixa
negativamente como para aquele que se faz vítima afetiva.
Liberta-se das aflições constritivas, asfixiantes, para marchar com segurança.
Doa com alegria quanto possas, generosamente.
O que distribuis com equilíbrio e lucidez multiplica-se, o que reténs reduz-se.
Abundância, como excesso engendram miséria e loucura.
Distende assim, mão generosa na alfândega da fraternidade, mas liberta-te da emotividade desregrada, da posse afetuosa e objetos, animais
e pessoas, porquanto mais carinhos que te mereçam, mais devoção que lhes dês, chegará o dia de atravessares o portal do túmulo, fazendo-
o soledade, livre de amarras ou jungido ao que se demorará, a desgastar-se pela ferrugem, pelo azinhavre, corroído ou simplesmente em
trânsito por outras mãos ante a tua tormentosa impossibilidade de reter e interferir.

Joanna de Ângelis
Psicografia.:Divaldo P. Franco
Livro.: Convites da Vida

Semente - Emmanuel.


"E , quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão de trigo ou de outra qualquer semente." – Paulo, I Coríntios, 15:37

Nos serviços da Natureza, a semente reveste-se, aos nossos olhos, do sagrado papel de sacerdotisa do Criador e da Vida.
Gloriosa herdeira do poder divino, coopera na evolução do mundo e transmite silenciosa e sublime lição, tocada de valores infinitos, à criatura.
Exemplifica sabiamente a necessidade dos pontos de partida, as requisições justas de trabalho, os lugares próprios, os tempos adequados.
Há homens inquietos e insaciados que ainda não conseguiram compreendê-la. Exigem as grandes obras de um dia para outro, impõem medidas tirânicas pela força das ordenações ou das armas ou pretendem trair as leis profundas da Natureza; aceleram os processos da ambição, estabelecem domínio transitório, alardeiam mentirosas conquistas, incham-se e caem, sem nenhuma edificação santificadora para si ou para outrem.
Não souberam aprender com a semente minúscula que lhes dá trigo ao pão de cada dia e lhes garante a vida, em todas as regiões de luta planetária.
Saber começar constitui serviço muito importante.
No esforço redentor, é indispensável que não se percam de vista as possibilidades pequeninas: um gesto, uma palavra, uma hora, uma frase pode representar sementes gloriosas para edificações imortais. Imprescindível, pois, jamais desprezá-las.

Emmanuel
Psicografia.: de Francisco Cândido Xavier.
Livro.: Pão Nosso

Tudo é Amor - André Luiz



Observa, amigo, em como do amor tudo provém e no amor tudo se resume.
Vida - é o Amor existencial.
Razão - é o Amor que pondera.
Estudo - é o Amor que analisa.
Ciência - é o Amor que investiga.
Filosofia - é o Amor que pensa.
Religião - é o Amor que busca Deus.
Verdade- é o Amor que se eterniza.
Ideal - é o Amor que se eleva.
Fé - é o Amor que se transcende.
Esperança - é o Amor que sonha.
Caridade - é o Amor que auxilia.
Fraternidade - é o Amor que se expande.
Sacrifício - é o Amor que se esforça.
Renúncia - é o Amor que se depura.
Simpatia - é o Amor que sorri.
Altruísmo - é o Amor que se engrandece.
Trabalho - é o Amor que constrói.
Indiferença - é o Amor que se esconde.
Desespero - é o Amor que se desgoverna.
Paixão - é o Amor que se desequilibra.
Ciúme - é o Amor que se desvaira.
Egoísmo - é o Amor que se animaliza.
Orgulho - é o Amor que enlouquece.
Sensualismo - é o Amor que se envenena.
Vaidade - é o Amor que se embriaga.
Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do Amor, não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente.
Tudo é Amor.
Não deixes de amar nobremente.
Respeita, no entanto, a pergunta, que te faz, a cada instante, a Lei Divina: "Como?"


André Luiz por Francisco Cândido Xavier