terça-feira, 28 de abril de 2009

Resignação e Resistência - Emmanuel



De fato, há que se estudar a resignação para que a paciência não a venha trazer resultados contraproducentes.

Um lavrador suportará corajosamente aguaceiro e granizo na plantação, mas não se acomodará com gafanhoto e tiririca.

Habitualmente, falamos em tolerância como quem procura esconderijo à própria ociosidade.

Se nos refestelamos em conforto e vantagens imediatas, no império da materialidade passageira, que nos importam desconforto e desvantagens para os outros?

Esquecemo-nos de que o incêndio vizinho é ameaça de fogo em nossa casa e, de imprevisto, irrompem chamas junto de nós, comprometendo-nos a segurança e fulminando-nos a ilusória tranquilidade.

Todos necessitamos ajustar resignação no lugar certo.

Se a Lei nos apresenta um desatre inevitável, não é justo nos desmantelemos em gritaria e inconformação.

É preciso decisão para tomar os remanescentes e reentretecê-los para o bem, no tear da vida.

Se as circunstâncias revelam a incursão do tifo, não é compreensível cruzar os braços e deixar campo livre aos bacilos.

Sempre aconselhável a revisão de nossas atitudes no setor da conformidade.

Como reagimos diante do sofrimento e do mal?

Se aceitamos penúria, detestando trabalho, nossa pobreza resulta de compulsório merecimento. Civilização significa trabalho contínuo contra a barbárie.

Higiene expressa atividade infinitamente repetida contra a imundície.

Nos domínios da alma, todas as conquistas do ser, no rumo da sublimação, pedem harmonia com ação persistente para que se preservem.

Paz pronta ao alarme.

Construção do bem com dispositivo de segurança.

Serenidade é constância operosa; esperança é ideal com serviço.

Ninguém cultive resignação diante do mal declarado e removível, sob pena de agravá-lo e sofrer-lhe clava mortífera.

Estudemos resignação em Jesus Cristo.

A cruz do Mestre não é um símbolo de apassivamento à frente da astúcia e da crueldade e sim mensagem de resistência contra a mentira e a criminalidade mascaradas de religião, num protesto firme que perdura até hoje.


Emmanuel Médium: Francisco Cândido Xavier (De "Estude e Viva", de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz)

Para melhorar - Emmanuel




Conserva a fé em Deus e em ti mesmo.
Age servindo.Constrói o bem que se nos mostre ao alcance.

Recusa qualquer idéia de desânimo e trabalha sempre.
Aceita o fracasso por base de recomeço.
Admite os outros, tais quais são.
Não exijas de alguém aquilo que esse alguém ainda não te pode dar.
Auxilia aos companheiros de experiência, tanto quanto puderes.
Hoje, é possível que esse ou aquele amigo necessite de ti, entretanto, amanhã, é provável sejamos nós os necessitados.
Não te aconselhes com a irritação, nem hospedes a tristeza que termine habitualmente no nevoeiro da inércia.
Respeita as idéias dos outros para que as tuas se façam respeitadas, Sorri, ainda quando as dificuldades nos sitiem por todos os lados.
Esforça-te em descobrir o lado útil das situações e das pessoas.
Não guardes ressentimentos.
Não te queixes de ninguém, nem te lastimes.
Valoriza o tempo e não te concedas o luxo das horas vazias.
Enumera as bênçãos que o Senhor já te permite usufruir e serve.
Usa a paciência e a tolerância.
Vive a própria vida e deixa que os outros vivam a existência que o Céu lhes concedeu.
E se nos dispusermos realmente a melhorar-nos e a melhorar o nosso próprio caminho, estejamos na certeza de que a Divina Providência nos fará sempre o melhor.

Mensagem extraída do livro “Paciência” Psicografia de Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Deixe a raiva secar.



Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas.
No dia seguinte, Júlia, sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar,
mas Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã. Júlia, então,
pediu para a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha, na
garagem do prédio.




Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar
todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial.




Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão.
Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada. Chorando e muito nervosa, ela desabafou:




— Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo? Emprestei o meu brinquedo e ela estragou tudo! E ainda deixou
jogado no chão!
Totalmente descontrolada, Mariana queria porque queria ir ao apartamento de Júlia, pedir explicações,
mas a mãe, com muito carinho, ponderou:


— Filhinha, lembra daquele dia, quando você saiu com seu vestido novo, todo branquinho, e um carro passou
e jogou lama na sua roupa? Ao chegar em casa, você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó
não deixou. Você lembra o que a vovó falou? Ela falou que era pra deixar o barro secar primeiro.
Depois ficava mais fácil limpar. Pois é, minha filha. Com a raiva é a mesma coisa.
Deixa a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver tudo.
Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe e foi para a sala ver televisão.
Logo depois, alguém tocou a campainha. Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão.
Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:




— Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua, que fica correndo atrás da gente?
Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia
me emprestado. Quando eu contei pra mamãe, ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro
brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa.
— Não tem problema — disse Mariana. — A minha raiva já secou.
E dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para o quarto, pra contar a
história do vestido novo que havia sujado de barro.




Nunca tome qualquer atitude com raiva.
A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como elas realmente são.
Agindo assim, você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais

terça-feira, 7 de abril de 2009

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Escuta, meu irmão - André Luiz


Não é a tua palavra primorosa a força que te exaltará a inteligência e, sim, o objetivo para o qual se dirige.
Não é a dádiva que te confere o título de benfeitor, mas o modo pelo qual te manifestas, através dela.

Não é a fortuna material que te faz realmente rico e, sim, a aplicação dignificante das utilidades que reténs a beneficio de todos.
Não é a fama terrestre a claridade que te coroa o nome e sim a benção do Céu sobre a reta conduta que abraçaste em favor do bem coletivo.

Não é a lição verbal o poder com que educarás o companheiro de luta, nas tarefas de cada dia, mas o teu exemplo reiterado na edificação comum por intermédio da própria melhoria.
Não é a tua crença sectária, embora fervorosa, que te guiará à sublimação na vida espiritual, depois da morte do corpo e, sim, os teus atos de bondade santificante, que serão testemunhas permanentes de tua alma, onde estiveres.

Não é a fé sem obras que te iluminará a senda de progresso, mas as obras dignificadoras que conseguires concretizar, em ti mesmo e fora de ti, inspirado por tua fé.
Não é a cultura intelectual inoperante que te fará respeitável, e sim o espírito de serviço com que te devotares, em qualquer condição, à felicidade dos semelhantes.

Não é o êxito suscetível de sorrir-te na Terra, por alguns dias breves, a fonte de alegria real que procuras com os melhores anseios de coração, mas a paz de consciência, no dever bem cumprido, nas obrigações de cada dia.Busquemos ser, antes de aparentar e fazer, antes de instruir.

A verdade espera nossa alma, em cada ângulo de caminho, dentro de nossa jornada para frente.
Assim, pois, construamos o nosso engrandecimento interior, porque, hoje ou amanhã, o Sol Divino projetará sobre nós a sua bendita claridade, revelando-nos, à luz meridiana, tais quais somos.

Psicografia em Reunião Pública Data – 31-3-1950Local – Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.
Do Livro "Através do Tempo", de Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos