sábado, 19 de junho de 2010

Sinais de Deus


Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o a sua presença e lhe perguntou:


- Por que oras com tanta fé?

Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?

O fiel de Deus respondeu:

- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.

- Como assim? - indagou o chefe, admirado.

O servo humilde explicou-se:

- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem A escreveu?

- Pela letra.

- Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?

- Pela marca do ourives.

O empregado sorriu e acrescentou:

Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo um boi?

- Pelos rastros - respondeu o chefe, surpreendido.

Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o
céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:

- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!

Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.
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Deus, mesmo sendo invisível aos nossos olhos, deixa-nos sinais das mais variadas formas: na manhã que nasce calma e silenciosa...


No calor do sol que aquece os seres e permite a vida...
Na chuva que molha a relva, corre nos leitos dos rios e refresca as areias quentes das praias solitárias...

Os sinais de Deus estão nas pastagens verdes que alimentam o gado... E na vida teimosa do sertão esturricado pelo calor escaldante dos verões...

Podemos encontrar sinais de Deus nos campos floridos de todos os continentes... E no canto alegre do pássaro que desperta a madrugada...

Os sinais de Deus também são visíveis nas noites bordadas de estrelas e nas tempestades que limpam a atmosfera com seus raios purificadores

Vale lembrar que as obras feitas pelos homens são assinadas para que não se confunda o autor. Já as obras de Deus não trazem sua assinatura pelo simples fato de que só Ele é capaz de fazê-las, ninguém mais.


É por essa razão que Deus não precisa colocar seu nome numa etiqueta, em cada campina que existe, porque só Ele faz campinas.

Partindo do princípio de que não há obras sem autoria, tudo o que não é obra do homem, só pode ser obra de Deus.
Como disse o grande poeta francês Victor Hugo: Deus é o invisível evidente
Até um louco sabe contar as sementes que há numa maçã; mas só Deus sabe contar as maçãs todas que há numa semente.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. Existência de Deus, do livro Pai nosso, pelo
Espírito Meimei, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb e frases do livro
A sabedoria dos tempos, do Centro de Estudos Vida e Consciência Editora Ltda.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 7, ed. Fep.
Em 08.10.2009

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